A alegria da Barraca da OFS, a famosa Barraca das Flores
Prezada Irmã Kátia,
Foi um belo gol que nossa aguerrida equipe marcou!
Mesmo marcada sob pressão pelos que não possuem um ideal de vida. [não falo nem em espiritualidade franciscana; passam batidos!];
Conseguimos a custa de muita luta e muita garra, alcançarmos o nosso objetivo; o de arrecadar uma bela quantia para a manutenção do Convento de Santo Antônio do Largo da Carioca.
Houve momentos em que ficamos frustrados sim, houve momentos em que ficamos decepcionados sim; tudo fruto do que víamos e sentíamos à nossa volta.
- Barraca sem telhado, à espera de um milagre que não acontecia.
- Irmãos e irmãs que a todo o momento comunicavam estar impedidos de colaborar na feitura dos arranjos para suprir a Barraca das Flores de farto material; impedidos por outros motivos de trabalhar nos 05 últimos dias da Festa, além de todas as dificuldades dos nossos irmãozinhos em trabalhar na Barraca das Flores, dói mais ainda a indiferença demonstrada por outros tantos. Responsáveis pela construção da barraca e alheios aos acontecimentos;
- Chuva, vento, poças d’água, pedestres
apressados à frente de nossos carrinhos no trajeto para o transporte do material
até ao convento.
Nada disso nos abateu!
Suamos nossas camisas, fomos dormir vários
dias tarde da noite para não deixarmos a bola cair.
Minha querida Ministra, muitas vezes vi as
lágrimas no seu rosto, o cansaço, a frustração, as dores nas pernas e joelhos,
mas vi também como você reagia com denodo, nos incentivando, dizendo: vamos
alcançar o nosso objetivo e nós correspondíamos, vamos chegar lá!
E chegamos, graças ao bom Deus, a nossa Mãe
Maria e aos seus Anjos e Santos, em particular Santo Antônio e São Francisco,
que tantas vezes citávamos nos dias e noites de trabalho, entremeadas com
histórias alegres do cotidiano, porque como dizem os antigos, ninguém é de
ferro!
Irmã Kátia, VALEU!!!!!!
Abraço mais do que Fraterno,
Newton, OFS (14/06/2012)

A Barraca das Flores existe a
tantos anos que já se incorporou à história das Festas de nosso santo padroeiro
no Convento do Largo da Carioca.
Nossa presença é humilde e de
serviço, não estamos lá todos os anos para receber elogios dos Freis ou aparecer
para quem quer que seja.
É um dos poucos momentos do ano
em que temos a oportunidade de estar presentes no Convento e contribuir com o
nosso trabalho para o sustento do mesmo e de suas várias obras sociais junto
aos pobres, o que muito nos alegra e nos faz vivenciar o carisma franciscano em
sua forma mais concreta.
Irmãos, até 2013!Kátia Sodré Lima Barros
Ministra - OFS - Fraternidade de Santo Antônio do Largo da Carioca
Na foto da esquerda em diante Isabel Salles, Newton, Marco Aurélio, Kátia, Arlete e Celeste.

Celeste responsável pela confecção dos mini lírios de papel vegetal e das flores de EVA.
Cartaz do Sermão de Santo Antônio aos Peixes
Frei Leonardo mostrou que há toda
uma história por detrás do milagres dos peixes. Antônio quer levar a verdadeira
fé. Prega ao povo que não quer escutá-lo. Vai à foz do rio junto ao mar. As
águas se movimentam e os peixes vem ouvi-lo. O milagre é sempre a
assinatura de Deus diante daquilo que acreditamos. Sempre quando há
uma forte manifestação de Deus, depois vem um milagre. Fr. Leonardo Aureliano, OFM
Agradecemos ao nosso Assistente
Espiritual e Reitor do Convento de Santo Antônio Fr. Vitório Mazzuco Filho,OFM pela grande demonstração de carinho por
nós seus irmãos da Ordem Franciscana Secular. Sem seu apoio e dedicação a Barraca não teria acontecido!
Na foto Fr. Vitório recebendo um dos oito “Bolírios” (cupcake com os lírios que enfeitaram o bolo do Centenário da Fraternidade, ocorrido no dia 08 de dezembro de 2012).

A rifa do buquê de Santo Antônio
foi um dos sucessos da Festa, na foto Rosa Maria a nossa Iniciante na OFS e agora
noiva de Santo Antônio, com sua dama de honra Priscila, jovem Missionária que espontaneamente
veio nos dar uma força!
Entre outros trabalhos, como a venda das flores, capelas,
velas e demais lembranças confeccionadas pelos irmãos da Fraternidade, foram distribuídas
para os fiéis que visitaram o Convento nos dias 12 e 13 de junho, mensagens
vocacionais, centenas de revistas Paz e Bem e o texto do Fr. Celso, que
colocamos em sua íntegra abaixo:
Frei Celso Márcio Teixeira, OFM
Um costume antes muito difundido nas igrejas
era o do "pão de Santo Antônio". Tratava-se de um cofre de esmolas
colocado nas igrejas com a inscrição "pão de Santo Antônio". A coleta
daquele cofre destinava-se única e exclusivamente aos pobres. Mais precisamente,
com aquela arrecadação comprava-se o pão que semanalmente era distribuído aos
pobres. Esse costume pode-se ainda perceber em algumas igrejas em que, todas as
terças-feiras, são benzidos os pãezinhos - geralmente após a missa - e
distribuídos aos fiéis.
Três são os episódios apontados como origem
do "pão de Santo Antônio". O primeiro narra que Santo Antônio, certa
vez, comovido com a situação dos pobres, distribuíra entre eles todo o pão do
convento. O frade padeiro, na hora da refeição, desesperado por não ter um pão
sequer para alimentar os confrades, veio a Antônio para contar-lhe que todo o
pão tinha desaparecido. Antônio pediu-lhe que verificasse mais atentamente o
cesto onde se colocavam os pães. Pouco depois, voltou o frade padeiro com a
notícia de que o cesto estava transbordando de tanto pão. Daquele pão foram
saciados os frades e todos os mendigos que vieram pedir-lhes esmolas.
Outro episódio conta que um menino caíra e se
afogara num tanque cheio de água. A mãe, em prantos, recorreu a Santo Antônio,
prometendo que, se o menino recuperasse a vida, ela tomaria uma quantidade de
farinha de trigo, equivalente ao peso do menino, e faria pão para distribuir
aos pobres. O milagre aconteceu, e a promessa foi cumprida. Por isso, o costume
teria tido no início o nome de pondus pueri (peso do menino).
Ainda
outro episódio liga o "pão de Santo Antônio" a uma senhora de Toulon
(França). Não conseguindo abrir a porta de seu estabelecimento, fez uma
promessa a Santo Antônio que, se não fosse preciso arrombar a porta, daria
certa quantidade de pão aos pobres. Conseguida a graça, cumpriu a promessa.
Colocou ainda em seu estabelecimento uma imagem de Santo Antônio e um cofre com
a inscrição "pão de Santo Antônio". Todas as esmolas que os fregueses
ali depositavam eram usadas para comprar pão para os pobres.
Mesmo
que o costume do "pão de Santo Antônio" esteja hoje quase totalmente
esquecido, fato é que o nome de Santo Antônio ainda continua de alguma forma
ligado aos pobres, pois muitas obras de caridade, de promoção social e de
educação trazem o nome do santo. E embora divirjam os episódios que são
colocados como origem da tradição do "pão de Santo Antônio", a
pergunta de fundo que se nos apresenta é esta: qual foi o relacionamento de
Santo Antônio com os pobres? Por que Santo Antônio mereceu receber do teólogo
franciscano João de la Rochelle o título de "doce consolador dos
pobres"?
Uma
coisa é certa: no tempo de Santo Antônio, a pobreza era crescente. A passagem
de uma sociedade feudal para uma sociedade burguesa trouxe muita pobreza,
especialmente nas cidades. Enquanto a sociedade feudal se caracterizava pela
posse, distribuição e uso da terra, tendo, portanto, seu centro de gravitação
no campo, a burguesa caracterizava-se pelo comércio, pelo uso do dinheiro, pelo
giro do capital, pelo trabalho assalariado, tendo como centro gravitacional as
cidades.
E a
pobreza das cidades era mais aguda do que a pobreza do campo. No campo, onde se
colhia o produto da terra, o pobre sempre encontrava meios de matar sua fome e
de cobrir sua nudez contra o frio. Nas cidades, o pobre não tinha muitas vezes
nem sequer como matar sua fome. A falta de trabalho, a exploração por parte dos
que ofereciam trabalho, os baixos salários e os altos preços das mercadorias
básicas para o sustento geravam pobreza extrema, fome negra, desnutrição e
doenças inevitáveis. E a nova sociedade não estava preparada para socorrer as
massas de pobres que ela mesma produzia. Além de leprosários e de hospitais
para peregrinos e viajantes, não havia instituições caritativas que atenuassem
a indigência dos pobres. Estes dependiam unicamente da caridade (esmola) das
pessoas de boa vontade.
Não
consta que Santo Antônio se tenha dedicado a obras caritativas e de assistência
aos pobres. O que certamente acontecia - que também se dava com Francisco e com
os demais frades - é que os pobres que a ele recorriam eram acolhidos
benignamente e recebiam alguma esmola.
Mas Santo Antônio, mais do que pelo fato de
receber benignamente o pobre e de dar-lhe esmolas, merece o título de
"doce consolador dos pobres" por ter atacado a raiz da pobreza e da
miséria. Pelo que nós percebemos em seus sermões, dar-lhe-íamos antes o título
de "estrênuo defensor dos pobres".
Em
seus sermões, de fato, Antônio não se cansa de atacar o egoísmo dos ricos, a
exploração dos operários, a opressão e espoliação dos pobres por parte dos
poderosos, as violências contra a vida deles. Menção especial merece o combate
que Antônio trava do púlpito contra os usurários, espoliadores inescrupulosos
dos pobres, agentes de sua própria riqueza e causadores da pobreza e da
desgraça de muitos infelizes, concentradores de riquezas e geradores de
miséria. A melhor defesa dos pobres, portanto, foi a crítica que Antônio fez a
uma sociedade que privilegiava, com grandes riquezas, a alguns, e privava a
inúmeras famílias do mínimo necessário para a própria sobrevivência. E a sua
crítica não era dirigida à sociedade em si, mas às pessoas diretamente
envolvidas, isto é, aos ricos, aos avarentos, aos poderosos, aos usurários e
até ao clero. Para Antônio, a própria situação de riqueza de alguns constituía
uma afronta aos pobres. Ao comentar, por exemplo, a parábola do rico e de
Lázaro (Lc 16,19-31), assim ele se expressa: "O rico afligia a Lázaro,
porque lhe roubava o benefício que lhe devia dar. Diz Isaías àqueles que não
dão aos pobres o que lhes pertence: 'As rapinas feitas ao pobre encontram-se em
vossa casa. Por que razão calcais aos pés o meu povo e moeis a pancadas os
rostos dos pobres?(. .. )' A abundância do rico afrontava a miséria do pobre e
lançava-lhe ao rosto; o rico exprobrava Lázaro coberto de chagas, quando
passava vestido de púrpura diante de Lázaro, que estava em frente de suas
portas" (l).
Em
outro sermão, comentando o texto bíblico "vi entre os despojos uma capa de
escarlate muito boa" (Js 7,21), Antônio indica quem são as pessoas que
tiram os poucos bens dos pobres: "A capa escarlate significa os haveres
dos pobres adquiridos com muito suor e sangue... Os soldados e os burgueses
avarentos e os usurários roubam a capa de escarlate... Os ricos e os poderosos
deste mundo tiram aos pobres, a quem chamam de vilãos - sendo que eles próprios
são os vilãos do diabo - os seus pobres haveres adquiridos com sangue, de que
se vestem de qualquer maneira" (2).
A terminologia
de Antônio tornava-se agressiva, quando se tratava de defender os "pobres
de Cristo", como ele costumava chamá-los. Usava comparações que certamente
em nada agradavam aos usurários. Sua linguagem era muito próxima à dos grandes
profetas bíblicos, como se pode perceber neste pequeno texto: "O povo
amaldiçoado dos usurários tornou-se grande e forte sobre a terra. Seus dentes
são como presas de leões. O leão tem duas características: a nuca inflexível
formada de um único osso e a boca malcheirosa. Igualmente inflexível é a nuca
do usurário, pois ele não teme nem a Deus nem aos homens; sua boca cheira muito
mal, pois ele não tem outra coisa na boca, a não ser o imundo dinheiro e sua
imunda usura. Seus dentes são como os dos leõezinhos, pois ele devora os bens
dos pobres, dos órfãos e das viúvas" (3).
Ao defender os pobres, Antônio não recua
diante dos prelados e poderosos. Não será o fato de uma pessoa estar
constituída em dignidade eclesiástica ou civil que o fará calar no peito o seu
clamor profético: "Não é sem grande dor que referimos atitudes de prelados
da Igreja e de grandes varões deste século: fazem esperar muito tempo os pobres
de Cristo que se demoram a clamar à sua porta e a pedir esmola, com voz
embargada pelas lágrimas. Por fim, depois de terem comido bem e talvez, uma vez
ou outra, inebriados, mandam dar-lhes alguns restos de sua mesa e as lavaduras
da cozinha (4).
Antônio era um homem cheio de compaixão pelos
pobres. Ele sentia todo o drama da vida dos pobres de seu tempo. E percebia que
a dramaticidade da vida do pobre eram as mãos gananciosas dos ricos e poderosos
a tirar-lhe a vida. O seguinte texto mostra como é dramática a situação do
pobre: "Quem segura uma pessoa pela goela, tira-lhe a voz e a vida. As
posses do pobre são a vida dele; como a vida vive do sangue, assim ele deve
viver disso. Se tiras ao pobre seus parcos haveres, sugas o sangue dele e o
asfixias; e, no fim, serás tu mesmo asfixiado pelo demônio" (5).
Como
Francisco, Antônio também vê na pessoa do pobre o sacramental do próprio
Cristo. E é exatamente esta compreensão do pobre que restitui a este a sua
dignidade de pessoa humana, o que, aliás, vale muito mais do que qualquer
quantidade de esmolas. A esmola, por sua vez, dada a partir desta concepção,
reverterá em beneficio também do doador. Sobre isto, assim se expressa Antônio:
"Agora, o Senhor está à porta, na pessoa dos seus pobres, e bate.
Abre-se-lhe, quando se dá de comer ao pobre. A refeição do pobre é o descanso
de Cristo. O que fizerdes a um dos meus irmãos mais pequeninos é a mim que o fareis...
'Deita a esmola no seio do pobre e ela (a esmola) pedirá por ti, para que os
pecados te sejam perdoados, o teu espírito seja iluminado e a glória eterna te
seja concedida" (6).
E o
martelo da palavra de Antônio bate forte contra aqueles que não vêem nos pobres
a pessoa de Cristo: "Esta é a resposta do avarento dada aos pobres de
Cristo. Nada lhes dá, blasfema e envergonha-os. Por isso, acontecerá o que
segue: 'E o seu coração morreu interiormente e ele se tornou como uma pedra.'
Tudo isto acontece ao avarento, quando se lhe subtrai a graça e é privado de
entranhas de piedade (7).
A visão do pobre como sacramental de Cristo,
ao mesmo tempo que provoca em Antônio indignação contra os avarentos e
usurários, move-o de compaixão para com os defeitos dos pobres. E ele vê na
pobreza, e não na riqueza, a medicina capaz de curar os defeitos das pessoas.
Assim, ele diz em um de seus sermões: "Se acaso vemos coisas repreensíveis
nos pobres, não devemos desprezá-los, porque talvez a medicina da pobreza cure
os que a fraqueza do caráter vulnera" (8).
O
combate de Antônio a partir do púlpito teve efeito muito concreto. Não se sabe
qual o conteúdo de suas pregações quaresmais na cidade de Pádua no ano de 1231.
Mas ele deve ter batido muito e fortemente na tecla dos usurários. Resultado
destas suas pregações foi uma lei, promulgada em Pádua, que dizia respeito à
usura e às leis válidas para o empréstimo de dinheiro. As leis vigentes puniam
os devedores e fiadores insolventes com a prisão perpétua, independentemente se
a pessoa apenas estava impossibilitada de pagar ou se dolosamente se recusava a
pagar suas dívidas. Com isto, os usurários, os magnatas do capital,
apossavam-se dos bens do devedor e do fiador insolventes. Deste modo, o devedor,
além de ser vítima do sistema iníquo da usura, era vítima de uma lei injusta.
Aos 15
de março de 1231, o governo de Pádua promulgou uma lei nova nos seguintes
termos: "A pedido do venerável irmão Antônio, confessor da Ordem dos
Frades Menores, para o futuro, nenhum devedor ou fiador poderá ser privado
pessoalmente de sua liberdade, quando ele se tornar insolvente. Somente suas
posses poderão ser apreendidas neste caso, não porém sua pessoa e sua
liberdade".
Diz o
provérbio: percam-se os anéis, salvem-se os dedos. Com esta lei promulgada por
sua intercessão, Antônio conseguia pelo menos salvar a dignidade das vítimas da
usura.
1. Sermão do I Domingo de Pentecostes.
2. Sermão do X Domingo de Pentecostes.
3. Sermão do Domingo da Sexagésima.
4. Sermão do Domingo da Ressurreição.
5. Sermão do XXII Domingo de Pentecostes.
6. Sermão do Domingo da Ressurreição.
7. Sermão do Domingo da Ressurreição.
8. Sermão do I Domingo de Pentecostes
Impresso por:
OFS
– Ordem Franciscana Secular
Fraternidade
de Santo Antônio do Largo da Carioca
Ø
Email : ofssantoantoniocarioca@gmail.com
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