No Monte Alverne



Numa dessas vezes, quando ele já tinha quarenta e um anos, estava sozinho com o seu mais fiel companheiro, Frei Leão, em um lugar chamado Monte Alverne. Nesse lugar, sua oração foi tão profunda, ele estava tão unido a Jesus Cristo, que até viu uma enorme luz descendo do céu. Quando chegou mais perto, percebeu que era um serafim, isto é, um anjo com seis asas, pegando fogo. Mais perto ainda, ele viu que o serafim era o próprio Jesus Crucificado. Nessa ocasião, recebeu os sinais da paixão de Jesus: ficou com as chagas marcadas no peito, nas mãos e nos pés. Foi para percebermos quanto Francisco se tornou um outro Jesus Cristo. Todos nós, para sermos criaturas felizes e realizadas, também temos que ser outros Cristos. Não precisamos ter as suas feridas nas mãos e nos pés, mas precisamos ter a sua visão das coisas e o seu imenso coração para amar a todos. http://www.procasp.org.br
“Nas fendas das imponentes pedras um testemunho: Deus falou gravando em Francisco as marcas da Paixão. Capaz de amar, capaz de sofrer por amor. Um longo itinerário de Amor o fez igualzinho ao amado. Aqui, ele recebeu os Estigmas. As marcas do Iniciado; as marcas do dedo divino do Amor que moldou nele a consanguinidade da Cruz e Paixão. Aquele que deixou tudo o que era o status do agradável sobre a terra, recebe as Chagas. Dor humilhante e torturante? Não! Glória da identificação com o Mestre. Francisco sempre buscou algo que não fosse uma glória passageira, mas agora traz na pele a certeza da glória eterna. Sangrou de amor seu coração de dentro para fora e de fora para dentro. Neste lugar, ele teve um encontro com o Anjo; foi o coroamento de seu caminho de pobreza em direção ao Crucificado. Um dia este Crucificado lhe falou, hoje trocou com ele de lugar no madeiro, crucificando-o em sua própria carne.”
Por Frei Vitório Mazzuco, OFM em peregrinação a Assis. Acompanhe conosco virtualmente através da página: http://carismafranciscano.blogspot.com.br

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