Santo Antônio de Santana Galvão, arauto da Paz e da Caridade
Depois do parto, ó virgem permaneceste intacta: Mãe de Deus, intercedei por nós
O nosso santo franciscano Santo Antônio de Santana Galvão,
frei Galvão – primeiro santo brasileiro, foi ordenado Sacerdote em 1762 e
passou a completar os estudos teológicos no Convento de São Francisco, em São
Paulo, onde viveu durante 60 anos, até à sua morte ocorrida a 23 de Dezembro de
1822. A vida de Frei Galvão foi marcada pela fidelidade à sua consagração como
sacerdote e religioso franciscano, e por uma devoção particular e uma dedicação
total à Imaculada Conceição, como «filho e escravo perpétuo». Além dos cargos
que ocupou dentro da sua Ordem e na Ordem Terceira Franciscana, ele é
conhecido, sobretudo como fundador e guia do Recolhimento de Nossa Senhora da
Conceição, mais conhecido como 'Mosteiro da Luz', do qual tiveram origem outros
nove mosteiros. Além de Fundador, Frei Galvão foi também o projetista e
construtor do Mosteiro que as Nações Unidas declararam Patrimônio cultural da
humanidade. Enquanto ele ainda vivia, em 1798 o Senado de São Paulo definiu-o
«homem da paz e da caridade», porque era conhecido e procurado por todos como
conselheiro e confessor, além de o franciscano que aliviava e curava os doentes
e os pobres, no silêncio da noite.
Frei Galvão é o religioso no qual o coração é de Deus, mas as
mãos e os pés são dos irmãos. Toda a sua pessoa era caridade, delicadeza e
bondade: testemunhou a doçura de Deus entre os homens. Era o homem da paz, e
como encontramos no Registro dos Religiosos Brasileiros: "O seu nome é em
São Paulo, mais que em qualquer outro lugar, ouvido com grande confiança e não
uma só vez, de lugares remotos, muitas pessoas o vinham procurar nas suas
necessidades".
Escreveu Altenfelder Silva: "Em pouco tempo, irradiou-se
a fama de suas virtudes por toda a capitania, de longínquas paragens acorriam
os fiéis para com ele se confessar implorar suas orações, em busca de conselhos
e de conforto espiritual". Frei Basílio Rower assim o descreve: "um
religioso que encheu a cidade com o esplendor de virtude, que beneficiou muitas
localidades da capitania com sua assistência (...) era procurado para
confissões, para apaziguar discórdias e mesmo para arranjos de negócios
temporais, pois além de zeloso era sábio e prudente". Podemos dizer com
Frei Vicente Maria Moreira: "dele ninguém se aproximava sem se retirar
melhor na doce impressão de ter visto um santo, conversado com um santo,
beijado as mãos sagradas de um santo", porque Frei Galvão era acima de
tudo um franciscano que viveu o evangelho nas duas virtudes primordiais:
A caridade e a paz.
A notícia da escolha de frei Galvão como um dos patronos nos
alegrou a todos como família franciscana do Brasil, haja vista que a história
deste país está intimamente ligada com a história dos franciscanos nestas
terras. Vale lembrar que a primeira missa rezada na Ilha de Vera Cruz foi
celebrada pelo frade franciscano Frei Henrique de Coimbra e que o nosso citado
frei Galvão foi ordenado presbítero na cidade do Rio de Janeiro.
Nós, franciscanos de todo o Brasil, estamos nos preparando
ativamente para esta jornada, e agora podemos contar com a intercessão deste
grande homem, grande santo, arauto da paz e da caridade.
Fontes:
www.nsconceicaonil.com.br
www.casadefreigalvao.com.br
Foto: Fonte de Frei Galvão na cidade de Quaratinquetá/SP - arquivo particular
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