Virgem Peregrina



Encorajando seus seguidores a viverem como peregrinos e forasteiros pelo mundo, Francisco e Clara lembravam-se de comparar sua vida com a de Jesus e de Maria. A regra dizia:
 “E quando for necessário vão pedir esmola. E não se envergonharem, antes lembrem que nosso Senhor Jesus Cristo, Filho de Deus vivo (Jô 11,27) onipotente, pôs sua face como uma pedra duríssima (Is 50,7), não se envergonhou; e foi pobre e hóspede e viveu de esmolas, ele e a bem-aventurada Virgem e seus discípulos (RNB 9, 3-5)”.

É interessante observar que, para São Francisco, Nossa Senhora foi tão peregrina quanto Jesus, quanto ele e seus frades. E que Clara escreveu:

“As Irmãs não se apropriem de nada, nem de casa, nem de lugar, nem de coisa alguma. E, como peregrinas e forasteiras neste mundo, servindo ao Senhor na pobreza e na humildade, mandem pedir esmola confiantemente” (RSC 8,1-2).

Para entendermos melhor o que nos apresenta este capítulo, vamos lembrar o que era ser peregrino na Idade Média.

Hoje, quem quer ir visitar com piedade Jerusalém ou Roma, Lourdes ou Fátima, compra um pacote igual aos turísticos e já recebe uma programação completa, dizendo quando vão ficar em cada lugar e em que hotel, que dia vão partir e a que horas vão chegar.

Na Idade Média, quando um penitente partia para uma peregrinação, tinha uma esperança de voltar bastante leve: não levava dinheiro nem comida, tinha que passar por regiões hostis e em estado de guerra. Com frequência, os parentes vendiam a casa no dia seguinte à partida. Na melhor das hipóteses, o peregrino voltaria depois de muitos meses.

Francisco e Clara comparavam a missão do cristão no mundo à maternidade de Maria. Tanto na missão quanto na maternidade, há dois momentos fundamentais. O primeiro consiste em acolher Jesus Cristo e o seu reino; o segundo consiste no dever de dar Cristo à luz nos corações dos homens e das mulheres pela irradiação da própria vida. Então, é preciso ir buscá-los onde eles e elas estiverem.

Esse é o primeiro sentido da “Virgem Peregrina”. Um outro é o de ela ter caminhado sem bolsa nem calçado, nem bordão, porque tudo que temos a levar, tudo que temos que viver é Deus.

Peregrina também é uma pessoa que nunca acha que tudo está pronto. Sabe que há mais caminho, que tudo pode trazer surpresas, que o mistério é sem fim. Vive desinstalada.

 Fonte: Maria Franciscana – Nossa Senhora na experiência de São Francisco e Santa Clara de Assis – Frei José Carlos Corrêa Pedroso, OFMCap – Centro Franciscano de Espiritualidade - 2003

Santa Mãe Maria


Santa Mãe Maria, nesta travessia, cubra-nos teu manto cor de anil 
Guarda nossa vida, mãe Aparecida, Santa padroeira do Brasil.   
 
Ave Maria, Ave Maria. 
Ave Maria, Ave Maria.  
Mulher peregrina, força feminina, a mais importante que existiu 
Com justiça queres que nossas mulheres sejam construtoras do Brasil.   

Com amor divino guarda os peregrinos nesta caminhada para o além! 
Dá-lhes companhia pois também um dia foste peregrina de Belém.


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